As maravilhas da cachoeira Chachapoyas e Gocta - 6 dias

Nossa caminhada até a Cachoeira Gocta começa com o traslado do hotel. A caminhada passa pelas margens de um belo vale coberto de florestas nubladas, passando pela floresta onde animais, pássaros e borboletas são encontrados em abundância. Se você tiver muita sorte, poderá até ver (ou pelo menos ouvir) um macaco peludo de cauda amarela, uma preguiça da montanha ou um magnífico galo da rocha (o pássaro nacional do Perú).

A trilha para Gocta é bem conservada e muito pitoresca. Se você está em boas condições físicas e gosta de caminhar e caminhar, é uma caminhada relativamente fácil. No entanto, algumas seções têm inclinações íngremes, e alguns visitantes podem ter dificuldades às vezes durante a caminhada. Uma alternativa ao trekking é alugar um cavalo para parte da viagem ou para a etapa de volta, se você já tiver andado o suficiente.

Você terá vislumbres da Cachoeira Gocta de vários pontos da caminhada e a ouvirá ficar mais alto à medida que se aproxima, mas somente depois de cerca de duas horas você ficará cara a cara com essa cachoeira imponente, que mede cerca de 771 metros de altura — uma das cachoeiras mais altas do mundo. E embora os habitantes locais conheçam Gocta desde que se lembram, foi somente em 2006 que sua existência foi anunciada ao resto do mundo. É uma vista magnífica de perto, suas águas furiosas caindo em uma enorme piscina agitada abaixo. Se você estiver se sentindo corajoso — e tiver um poncho ou outra jaqueta impermeável (ou talvez apenas uma roupa de banho) — você pode caminhar perto da piscina, onde a sensação de água caindo e do spray salpicado do arco-íris é quase insuportável.

Depois de passar um tempo nas cataratas, você pode voltar pela trilha e retornar pelo caminho que percorremos. A caminhada inteira até Gocta e de volta normalmente leva cerca de seis horas. Certifique-se de trazer bons sapatos de caminhada e muita água!

Depois do café da manhã, voltaremos para o belo Cânion Utcubamba antes de cruzar para a província vizinha de Luya. Da vila de Luya, iremos para a vila de Cruz Pata, onde começaremos nossa caminhada razoavelmente curta e muito panorâmica até Karajia (a caminhada normalmente leva cerca de 45 minutos).

Quando finalmente fizermos uma curva no lado do vale, você verá os impressionantes sarcófagos de Karajia parados nas saliências do penhasco acima de você. Essas figuras em forma humana representam uma forma de sepultamento usada pela cultura Chachapoya, que governou essa parte do Perú por volta de 900 a 1470. As figuras são incomumente grandes, os sete sarcófagos principais têm até 2,5 metros de altura e são feitos de argila, paus e grama. Eles estão olhando para o sol nascente. Sua localização em um penhasco quase inacessível os protegeu de saqueadores, algo que os antigos Chachapoya provavelmente levaram em consideração quando os colocaram lá. Cada sarcófago contém uma múmia, com vários artefatos, alguns preciosos, que os acompanham. Eles provavelmente eram membros da elite da civilização Chachapoya. Depois de nos maravilharmos com esses sarcófagos espetaculares, voltaremos pela trilha até nosso transporte. Em seguida, iremos para Chachapoyas, onde o deixaremos em seu hotel.

De manhã, dirigiremos até a vila de Tingo, onde embarcaremos no teleférico para um passeio divertido por um cânion até a Fortaleza de Kuelap. Depois de uma curta caminhada, chegaremos a este sítio arqueológico imensamente impressionante.

Embora não seja tão famosa quanto Machu Picchu, Kuelap é indiscutivelmente tão impressionante — é por isso que costuma ser chamada de “Machu Picchu do norte do Perú”. A comparação talvez seja um pouco injusta, pois os dois sites são muito diferentes em suas histórias e estruturas.

Kuelap foi construída pela cultura Chachapoyas no século VI d.C., cerca de 500 anos antes de Machu Picchu. Ele fica a 3.000 metros (9.900 pés) acima do nível do mar em uma cordilheira com vista para o Vale do Utcubamba, uma presença dominante vigiando a área circundante. Ao se aproximar da fortaleza, sem dúvida, você ficará impressionado com as imponentes paredes externas, que atingem 20 metros de altura em alguns lugares. Todo o complexo oval tem cerca de 584 metros de comprimento e 110 metros de largura em sua parte mais larga. Acredita-se que foram necessários cerca de 40 milhões de pés cúbicos de pedra para construir a gigantesca fortaleza, tornando-a possivelmente a maior estrutura de pedra antiga conhecida na América do Sul e três vezes maior que a Grande Pirâmide do Egito.

Ao caminharmos pelas paredes externas quase impenetráveis, finalmente chegaremos a uma das três entradas extremamente estreitas de Kuelap. Eles forneceram uma excelente defesa contra invasores em potencial. Ao subir a escada estreita, você pode imaginar o quão difícil e brutal teria sido para qualquer atacante que tentasse forçar a entrada por essas passagens de pedra apertadas.

No topo da entrada, você entrará em um platô tranquilo dentro das muralhas da fortaleza. Ao fazer isso, você entenderá por que o termo “fortaleza” não faz justiça a Kuelap. Era mais como uma cidade murada ou cidadela, capaz de sustentar milhares de pessoas. Dentro da fortaleza estão os restos de mais de 400 habitações circulares, algumas das quais foram restauradas à forma como os arqueólogos acreditam que teriam sido há centenas de anos. Essas habitações são decoradas com estranhos motivos em ziguezague e frisos romboides, símbolos possivelmente representativos das famílias que viviam nelas. Passando por uma área levemente arborizada dentro do complexo, onde orquídeas crescem e beija-flores voam, exploraremos o resto do complexo, incluindo edifícios religiosos, torres defensivas e uma construção estranha que pode ter sido usada como observatório solar.

Há muito para ver em Kuelap, então garantiremos que você tenha bastante tempo para explorar com seu guia e depois sozinho. Quando você estiver pronto, retornaremos ao nosso transporte particular e voltaremos para Chachapoyas.

O dia 5 começa com uma viagem panorâmica de duas horas e meia pelas colinas até uma pequena vila chamada Yerbabuena. A partir daqui, caminhamos por duas horas subindo a colina até o encantador local de Revash, um complexo funerário à beira de um penhasco (como alternativa, podemos levá-lo por mais 10 km até a vila de San Bartolo, de onde é uma caminhada mais fácil de 30 minutos até Revash).

Construído pela cultura Chachapoya por volta de 1200 d.C., o Revash é diferente de outros locais funerários da região. Em vez de sarcófagos ou tumbas simples, os mausoléus, ou chullpas, em Revash foram construídos para parecerem pequenas casas, dando a impressão de uma pequena e colorida vila construída no penhasco.

Os túmulos são construídos em pedra e adobe e pintados de rosa e creme. Os bosques inclinados são puramente simbólicos e não servem a nenhum propósito prático real (os penhascos acima protegem os chullpas da chuva). Enquanto isso, as paredes das pequenas “casas” são decoradas com figuras pintadas, incluindo felinos, camelídeos sul-americanos, pessoas e desenhos geométricos.

Através da análise dos ossos encontrados em Revash, parece que cada tumba não foi usada por uma única pessoa. Em vez disso, cada tumba serviu como residência funerária coletiva para membros de uma família prestigiosa ou poderosa.

Depois de explorar Revash, continuaremos até Leymebamba (45 minutos de carro), onde visitaremos o moderno e impressionante Museu Leymebamba. O museu abriga mais de 2.500 artefatos da cultura Chachapoyas e ensina tudo sobre essa fascinante civilização. Há também as famosas múmias, mais de 200 delas! O museu foi construído especificamente para abrigar as múmias encontradas no sítio arqueológico Laguna de los Cóndores. Vê-los alinhados em sua sala climatizada é uma experiência e tanto. Eles estão tão bem preservados que você pode vê-los como indivíduos, congelados no tempo, com expressões próprias.

O prédio do museu foi projetado para refletir as tradições arquitetônicas locais, e os jardins ao redor estão cheios de belas flores e árvores, incluindo mais de 100 espécies nativas ou orquídeas. Dentro do museu, todas as exposições têm descrições detalhadas em vários idiomas, tornando-o muito acessível aos visitantes estrangeiros.

Depois de visitar o Museu Leymebamba, voltaremos para Chachapoyas, onde passaremos a noite.

Depois do café da manhã, diga adeus a Chachapoyas ao retornar ao Aeroporto de Jaén. Desfrute de um almoço embalado ao longo do caminho, refletindo sobre as incríveis experiências e memórias que você teve durante sua viagem por Chachapoyas em seu pacote turístico ao Perú.